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Sinais, Sintomas e o risco dos autodiagnósticos

Atualizado: 20 de Nov de 2019

Você sabia que existem diferença entre sinais e sintomas?

Pois é, são através deles que nos comunicamos com os profissionais na área da saúde para buscarmos um diagnóstico e consequentemente tratamento para os males que nos tiram de nosso estado de bem-estar, quer físico, quer emocional ou ambos.

Sinais

são as manifestações visíveis ao profissional da área da saúde de um processo de adoecimento, feita através de uma observação direta do paciente.

Manchas na pele, aspectos das mucosas, verificação da frequência cardíaca, da pressão arterial, da temperatura corpórea, são exemplos práticos de sinais que são avaliados durante uma consulta.

Sintomas

estão relacionados ao que o paciente relata, são suas queixas com relação ao que esta sentindo, não é possível visualizar, são observações e relatos advindo do paciente.

Dores nas articulações, dificuldade de movimentar-se, fraqueza, são exemplos de sintomas muitas vezes relatados durante uma consulta.

Agora que sabem um pouco mais sobre a diferença entre eles, perceberam que utilizamos dessa linguagem o tempo todo?

Com nossos amigos, nossos vizinhos, em conversas informais, na internet… Pois bem, até ai, sem problemas, estamos constantemente trocando experiências em nossos contatos sociais, o que sob vários aspectos é muito saudável.

Entretanto, deixa de ser saudável quando utilizamos dessas interações para nos autodiagnosticarmos.

Um estudo recente Instituto de Ciências, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), revelou que 40,9% dos brasileiros fazem autodiagnóstico pela internet. Destes 40,9%, um grande número são jovens entre 16 e 34 anos, pertencentes a uma geração imediatista que procuram respostas prontas, simples e padrão para sintomas tidos como “corriqueiros”

Segundo a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), está cada vez mais comum pacientes que se apresentam para as consultas médicas autodiagnosticados e automedicados, muitas vezes apresentando efeitos colaterais graves ou interações medicamentosas prejudiciais.

É preciso entender que a maior parte das doenças começa com dor, febre, indisposição e outros sinais e sintomas gerais, e que, fazer uso correto, racional e orientado de medicamentos e produtos terapêuticos para alivio destes são de grande auxilio, mas não devem substituir a boa e velha consulta ao profissional da saúde, principalmente quando estes sinais e sintomas são persistentes.

E então, após um bom diagnóstico realizado, poderá se informar e optar pela terapêutica que melhor lhe atende.

E não se esqueçam que a autopromoção de saúde e bem estar devem ser nossa prioridade em detrimento da remediação e autodiagnósticos.

Gustavo David

Farmacêutico Especializado em Fitoterapia e Terapias Integrativas

Consultor de Bem Estar da DoTerra.