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Endocanabinoides Explicados

Atualizado: 20 de Nov de 2019

Neste artigo, revisamos o sistema endocanabinoide e os efeitos do Tetrahidrocanabinol (THC), Canabidiol (CBD) e Beta-cariofileno (BCP).O sistema endocanabinoide

O sistema endocanabinoide

O sistema endocanabinoide (EC) ajuda o corpo a controlar a ansiedade, a inflamação e outras respostas fisiológicas a diferentes formas de estresse. Durante exercícios extenuantes, estresse e outros estímulos relacionados, o corpo produz compostos chamados endocanabinoides. Os endocanabinoides (ECs) são moléculas sinalizadoras que desencadeiam a ativação do sistema EC quando são detectados por receptores canabinoides.

Os receptores canabinoides (RCs) não só detectam a presença de ECs, mas também são afetados por moléculas de fontes externas que quimicamente se assemelham a endocanabinoides. O termo canabinoide se refere a qualquer composto, produzido pelo corpo ou de uma fonte externa, que desencadeia o sistema EC ao ativar os RCs. A anandamida é um composto EC produzido no corpo. A anandamida ativa dois tipos de RCs, o receptor canabinoide 1 (CB1) e o receptor canabinoide 2 (CB2).

O fenômeno conhecido como “runner’s high” (que é a sensação de euforia, de alegria que a pessoa sente após uma corrida) é um exemplo perfeito do sistema EC em funcionamento. Após um longo período de exercício extenuante, o corpo começa a produzir anandamida para ativar os RCs e o sistema EC. O "runner’s high" tem dois componentes: leve euforia e alívio do desconforto nos músculos e articulações.

Esses dois resultados estão ligados a duas estruturas distintas: os receptores CB1 e CB2. Os receptores CB1 são encontrados principalmente no cérebro e no sistema nervoso central, e estão ligados a vias de prazer e recompensa. A ativação do receptor CB1 leva a sentimentos de euforia. Receptores CB2 são encontrados no resto do corpo, como músculos, pele e órgãos vitais. Eles são encontrados principalmente na superfície dos glóbulos brancos, e sua ativação afeta a regulação de químicas inflamatórias chamadas citocinas.

THC & CBD

O THC é o principal composto psicoativo da maconha. De acordo com análises de GC/MS (cromatografia gasosa – espectrometria de massa) conduzidas por químicos analíticos de dōTERRA, ele é encontrado em altas concentrações em muitas marcas de óleo de cannabis, e também pode ser encontrado no cânhamo e no óleo de CBD em mais do que apenas quantidades vestigiais. O THC é conhecido por ativar os receptores CB1 e CB2. É geralmente aceito como um potente medicamento com poderosas propriedades psicoativas.

O CBD é outro composto encontrado em grandes quantidades na maconha. O óleo de CBD e o óleo de cânhamo, de fato interagem diretamente com CB1 e CB2, mas a interação é tão fraca a ponto de ser insignificante. O CBD exerce seus efeitos sobre o sistema EC através de um mecanismo diferente do que a maioria dos canabinoides.

Pesquisas mostram que o CBD atua na enzima FAAH, que “quebra” a anandamida. O CBD retarda a atividade da enzima, o que leva ao aumento dos níveis de anandamida no corpo.

A razão pela qual isso é significativo é porque a anandamida interage com os receptores CB1 e CB2. Níveis mais altos de anandamida resultariam em aumento da sensação de euforia devido ao aumento da ativação dos receptores CB1, assim como ao relaxamento dos tecidos devido à ativação do CB2.

O CBD, ao aumentar os níveis de anandamida, tem efeitos farmacológicos semelhantes ao THC, pois afeta os mesmos dois receptores canabinoides; no entanto, a magnitude do efeito é muito menor em comparação com o THC. O CBD é geralmente considerado não alucinógeno.

BCP

Relaxar os tecidos sem desencadear qualquer tipo de resposta psicoativa pode ser conseguido usando um composto com interação seletiva com o receptor CB2. O Beta- cariofileno (BCP) é um composto sesquiterpênico encontrado em centenas de diferentes espécies de plantas e foi recentemente reconhecido por sua capacidade única de interagir com CB2, mas não com receptores CB1. Assim, os supostos benefícios do CBD ou THC podem ser obtidos sem os efeitos psicoativos usando um produto contendo BCP. O novo óleo essencial Copaiba dōTERRA tem um teor maior de BCP do que qualquer óleo: cerca de 55%, conforme confirmado pela análise de GC/MS do óleo Copaiba dōTERRA.

Há ampla evidência apontando para os benefícios terapêuticos da suplementação oral de Beta-cariofileno, mas, assim como o CBD e o óleo de cânhamo, são necessárias mais pesquisas na forma de ensaios clínicos em humanos. Mais promissoras são as baixas doses nas quais alguns desses estudos foram conduzidos. Estas doses sugerem que apenas 1-2 gotas de óleo Copaiba ou 3-4 gotas de óleo Black Pepper podem fornecer resultados notáveis em humanos. Neste momento, as propriedades relaxantes sistêmicas do Beta-cariofileno têm potencial benefício como tratamento para uma ampla gama de problemas de saúde.* Ainda inexplorados são os efeitos da ativação do receptor CB2 em doenças humanas, para os quais existem poucos modelos experimentais – tais como dificuldades de aprendizagem e transtornos do espectro do autismo – que muitos afirmam que podem se beneficiar do uso de cannabis.

Conclusão

Para resumir, existem muitas maneiras de modular o sistema canabinoide do corpo. Produtos contendo CBD, THC e BCP afetam o sistema endocanabinoide. Reconhecemos que os profissionais de saúde podem recomendar diferentes produtos contendo diferentes tipos de compostos canabinoides para diferentes problemas de saúde. No entanto, em dōTERRA, acreditamos que os produtos que contêm BCP são os mais eficazes para indivíduos saudáveis que procuram um produto que possam usar para o autocuidado.

* Estas declarações não foram avaliadas pela Food and Drug Administration. Este produto não se destina a diagnosticar, tratar, curar ou prevenir qualquer doença.

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